Camilo Cristófaro tem feito campanha para ganhar novo mandato pelo Podemos na Câmara Municipal
O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, rejeitou o pedido liminar de registro de nova candidatura a vereador de Camilo Cristófaro (Podemos), cassado da Câmara Municipal de São Paulo em 2023 devido a falas racistas proferidas em plenário.
Como mostrou o Painel, além de articular nova candidatura, Cristófaro enviou áudios em que ameaça seus apoiadores. Aqueles que não comparecessem à convenção do Podemos, no sábado (27), disse Cristófaro, seriam cortado do “POT”, o Programa Operação Trabalho da Prefeitura de São Paulo.
O programa concede auxílio a pessoas desempregadas e pertencentes a famílias de baixa renda na cidade de São Paulo. Em troca, elas exercem serviços de zeladoria, manutenção, limpeza, entre outros. Em nota, a gestão Ricardo Nunes (MDB) disse que o programa não sofre interferências externas. Procurado, o Podemos não se manifestou.
Em sua decisão, o magistrado afirmou que a Justiça comum indeferiu pedido liminar contra a cassação e a inelegibilidade de oito anos de Cristófaro no ano passado e que não cabe ao Tribunal Regional Eleitoral alterar decisões de outros órgãos e instâncias do Judiciário. Essa competência, disse, é do Supremo Tribunal Federal.
Em 2022, o então vereador usou a expressão “é coisa de preto” e a frase foi captada pelo sistema de som da Câmara. Após 503 dias, ele foi cassado por quebra de decoro parlamentar em votação na Casa.
Fonte: Folha de São Paulo